Definitivamente a tecnologia é mais uma benesse da inteligência da humanidade.
É inegável o jeito que o computador, o telemóvel, o leitor de dvd ou blu-ray, entre outras coisas nos dão.
Quem nunca usufruiu da internet para pesquisar alguma coisa que atire a primeira pedra.
Mas, como todas as coisas, como não há excepção à regra, tem os seus contras.
A tecnologia é bem-vinda, mas com conta e medida, porque beneficia o Homem em alguns aspectos mas é-lhe dada demasiada importância e, por isso, por vezes prejudica-o, invadindo a sua privacidade.
A sociedade chauvinista, materialista, consumista actual limita as pessoas a um pequeno mundo privado, confina-as a pequenos objectivos.
Limita-as, veda-as!
Há toda uma ascensão de novos valores, o que provoca algumas contradições a nível axiológico e não só.
Como eu li uma vez numa parede grafitada algures na cidade do Porto:
«Se as pessoas são para ser amadas e as coisas usadas, porque é que se amam as coisas e se usam as pessoas?».
O tempo em família é facilmente posto de lado em prol de mais tempo num "chat" a falar com desconhecidos; um almoço na mesa é naturalmente trocado por uma mera sanduíche, desde que se esteja mais uns minutos a jogar Playstation...
Não há tempo para criar laços, partilhar emoções num sofá enquanto se come bolachas...
O que foi suposto ser criado para poupar tempo não tirará muito do sentido da nossa existência?
Se não podemos gozar o nosso tempo livre a amar, no verdadeiro sentido da palavra, as pessoas que nos são mais próximas, qual o fundamento de "economizarmos" tempo?
1 comentário:
Um artigo muito interessante, no qual destaco duas frases:
«Se as pessoas são para ser amadas e as coisas usadas, porque é que se amam as coisas e se usam as pessoas?» e «O que foi suposto ser criado para poupar tempo não tirará muito do sentido da nossa existência?».
De facto, concordo com ambas: gastamos grande parte do nosso tempo com estas engenhocas, não se dando (tanto) valor ao que realmente importa: a família e os amigos.
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